Nestes últimos dias
tivemos a oportunidade de acompanhar em programas de rádio e TV as entrevistas
dos dois últimos prefeitos de nossa cidade, Marcos Mendes e Alair Correa, que
governaram nos últimos dezesseis anos. Aliás,
segundo muitos, na verdade, eles “desgovernaram” a cidade, já que tiveram à
disposição durante este período, um orçamento extraordinário, próximo a 6
bilhões de reais e não se consegue ver equipamentos urbanos e políticas
públicas que justifiquem tal dinheirama. Daí nasce à análise dos fatos
discutidos nestas entrevistas.
Em primeiro lugar,
eles fizeram um desfile de acusações mútuas. Má gestão, desperdício do dinheiro
público em políticas duvidosas, nepotismo, corrupção, entre outras, nos dando a
sensação triste e sombria que ambos tinham razão. Outra coisa comum foi a
quantidade de “puxa-sacos” pagos que entram para idolatrar de forma patética
seus eleitos, como se nós, os ouvintes ou telespectadores fossemos verdadeiros
idiotas. Talvez sejamos mesmos.
Os problemas e as
carências da cidade estão aí, após estes fatídicos 16 anos, escancarados na
“cara” de qualquer um e eles “vomitando” que fizeram um excelente governo com
livrinhos e tudo contando esta “estória”. Um desfile de arrogância, cinismo e
desfaçatez. Os respectivos entrevistadores de forma subserviente não fizeram
nenhuma pergunta mais aguda que pudesse causar qualquer desconforto aos
entrevistados. As falas pontuadas de demagogia barata, principalmente quando
apelam para Deus, criam a impressão de estarmos vendo um “circo dos horrores”.
O pano de fundo de
tudo isto está muito claro. Querem continuar polarizando as disputas políticas
na cidade. Parece tudo um “jogo combinado”, pois interessa aos ditos cujos que
não se consolide nenhuma alternativa política viável que os confrontes
futuramente. Ambos os governos foram marcados por inúmeras denúncias de
corrupção e ambos possuem fichas quilométricas de processos nas mais diversas
esferas, eleitoral, civil e criminal. Ambos possuem uma elevação patrimonial
incompatível com os rendimentos auferidos na função pública. Ambos continuam
servindo aos “mesmos senhores” financiadores de suas campanhas políticas. Ambos
jamais priorizaram a transparência nos atos e tratos com a coisa pública.
Não tenham dúvidas,
se lá na frente “a casa ameaçar cair” serão capazes de se juntar novamente para
continuar infelicitando e saqueando a cidade “em nome de Deus”. É inacreditável
ver como a população de forma anestesiada por diversos motivos aceita e vota, anos
após anos, nestes embusteiros. É inacreditável ver como alguns aceitam
participar disso por migalhas. É inacreditável ver como “eles” foram
competentes em construir esta “hegemonia”, através da distribuição de gordas
portarias a quem poderia protestar, de gordas somas aos meios de comunicação
que poderiam denunciar e de construir políticas públicas assistencialistas e
fisiológicas de baixíssima emancipação cidadã a milhares de pessoas nesta
cidade que cegaram para todos os outros desmandos que fizeram com o dinheiro
público.
Precisamos admitir
que neste momento “eles” estão ganhando o jogo. Estão dando as cartas da forma
que querem. Entretanto, a “bolha” das mazelas sociais de nossa cidade continua
enchendo. Aumento da violência urbana, desemprego, desigualdade social, saúde e educação em estado deplorável, ausência
de política habitacional, além de outras. Quando ela estourar afetará a todos. Será
que é só isso que podemos esperar para a nossa cidade? Até quando vamos aturar
tamanha esculhambação? Vamos ver as respostas.
“Somos criadores de nós mesmos, da nossa vida,
do nosso destino e queremos saber disto hoje, nas condições de hoje e não de
uma vida qualquer e de um homem qualquer.”
Antonio Gramsci
Claudio Leitão é economista e membro da
executiva municipal do PSOL Cabo Frio.
Cláudio Leitão, é artigo, oração ou um hino?
ResponderExcluirTudo a mesma coisa. Repare que nem movimentação de vírgulas, pontos e acentos.
Até as minhas sobrinhas de 03 anos decoraram o repetitivo artigo do Cláudio Leitão.
Julio, você ainda trabalha no jornal que sua irmã tem, aquele que vive do dinheiro público ?
ResponderExcluirJulio,
ResponderExcluirRepetir não é ruim, pelo contrário, é didático. Nem todas as pessoas fazem este acompanhamento do da a dia político que vc faz. O Psol repete isso des 2008. Os problemas são os mesmos, sem solução. Isso é também coerência. Durante a campanha o partido fez críticas e apresentou soluções, mas quem vence eleição é quem coloca mais dinheiro.
Saia do pessoal, analise os argumentos, se vc discordar apresente sua versão.
Erika
Parabens, Claudio Leitao.
ResponderExcluirPoucos nesta cidade tem essa coragem.
Ana Paula-Func.Publica.